Desenvolvimento Integral

Afinal, o que é Educação Integral?

Ninguém pede autorização para aprender. A aprendizagem não se restringe à sala de aula e pode acontecer em qualquer hora, em qualquer lugar.

Quando falamos em Educação Integral, a imagem que costuma vir à mente é a de uma escola funcionando o dia todo. Isso porque relacionamos integralidade à ampliação do período, ou seja, à Educação em tempo integral.

Mas embora uma escola em período integral tenha mais tempo para desenvolver os alunos integralmente, a Educação Integral não é sinônimo de mais tempo na escola, mas sim a ideia de que todo ser humano é composto de múltiplas dimensões que merecem ser igualmente nutridas.

A escola tradicional sempre privilegiou o trabalho com a mente, ou seja, com os aspectos cognitivos. Porém, sabemos que o desenvolvimento físico, emocional, social e cultural das pessoas é igualmente importante. O que tem mais valor: ser expert em Matemática? Manter o corpo saudável? Saber regular as emoções? Ser cooperativo? Respeitar a diversidade? Agir de forma ética? Saber interpretar um texto? Ser criativo? Ter espírito crítico? Você acertaria, sem dúvida, se marcasse “todas as anteriores”. Mas por que esse desenvolvimento integral é tão importante? Nós, do Instituto Península, acreditamos que estudantes preparados integralmente podem fazer escolhas melhores e mais responsáveis para si e para os outros, contribuindo para o desenvolvimento saudável da sociedade.

Uma Educação Integral é também um projeto coletivo que envolve não só a escola (e todos os seus atores), mas também famílias e comunidade. Não se aprende só na sala de aula ouvindo as explicações do professor, mas também em uma visita guiada ao museu; em um debate sobre um tema atual; em uma assembleia em que se acordam as regras de convívio da escola; cultivando uma horta coletiva; entrevistando a comunidade para tentar compreender as causas de um problema social ou ambiental; preparando uma apresentação de dança para a festa típica do bairro; registrando as receitas culinárias ou medicinais dos moradores mais antigos; engajando-se  em um projeto para reformar a praça da cidade e assim por diante.

Estamos em constante aprendizado quando utilizamos experiências próprias para observar, questionar, levantar hipóteses, entender, agir e compartilhar. É papel da escola realizar esta “costura” entre os saberes locais e os conteúdos curriculares, de forma planejada e intencional, criando aprendizagens cada vez mais contextualizadas e significativas.

Muitos autores importantes defenderam uma Educação mais integral ao longo do tempo: John Dewey, Rudolf Steiner, Edgar Morin, Pierre Weil, Maria Montessori, Paulo Freire, Rosa Maria Torres, Anísio Teixeira, Maria Nilde Mascellani, Rubem Alves, Jaqueline Moll e outros.

Quer saber ainda mais sobre Educação integral? Trouxemos mais conteúdos para te ajudar a entender melhor esse conceito:

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